Investimentos reforçados da China nos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) antecipam-se após o arranque da mais recente edição do Fórum Macau, iniciada a 21 de Abril, segundo anúncios veiculados pelo The Macao News, portal asiático de notícias.

De acordo com a informação, Desde 2013, o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa financiou dez projectos, num agregado que ronda os 500 milhões de dólares, conforme declarou Ji Xianzheng, secretário-geral do Fórum. As iniciativas abarcam um leque diverso de localizações, incluindo Brasil, Moçambique, Portugal e Angola.

Com foco nas emergentes economias digitais e ecológicas, Ji Xianzheng sublinhou o potencial destas como domínios de colaboração futura, evidenciando a proactividade do fundo, sob a égide do Fórum Macau.

A sexta conferência ministerial da instituição teve início recentemente, que aconteceu durante um período de três dias consecutivos. Esta assinala a primeira junção presencial desde 2016 dos representantes dos dez países que compõem o Fórum Macau, que inclui a China, Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Timor-Leste, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

O fórum é reconhecido como uma plataforma vital para a promoção do comércio e para a cooperação inter-governamental entre a China e os nove países lusófonos integrantes da CPLP.

Simultaneamente, aguarda-se a realização de uma Conferéncia de Empreendedores, prevista para o cierre da conferência ministerial, a 23 de Abril. Esta terá o patrocínio do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) e focar-se-á no estímulo das novas tendências em matéria de transformação digital, bem como na partilha de oportunidades emergentes no âmbito do desenvolvimento sustentável, segundo avançou o IPIM. Representantes da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa manifestaram elevadas expectativas quanto ao encontro.

No campo comercial, o intercâmbio de mercadorias entre a China e os países lusófonos ascendeu a quase 221 mil milhões de dólares no último ano, traduzindo-se num incremento de perto de 3% relativamente a 2022, de acordo com os números fornecidos pelo Fórum Macau.