O Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM), na província de Maputo, vai começar a testar uma nova vacina contra a tuberculose utilizando uma das mais recentes tecnologias desenvolvidas pela Biotech (empresa alemã de biotecnologia), informou esta segunda-feira, 8 de Janeiro, o jornal notícias.

De acordo com o director-geral do CISM, Francisco Saúte, a tecnologia em causa foi amplamente utilizada, com sucesso, para produzir o imunizante da Pfizer contra a covid-19. “A ideia é usar a mesma tecnologia para desenvolver uma vacina não só contra uma doença (tuberculose), mas também para combater outras patologias, como a malária”, disse o responsável.

Francisco Saúte acredita que o aumento da literacia em saúde e o desenvolvimento socioeconómico local têm um impacto directo não só na redução de doenças (tuberculose, malária e cólera), mas também na taxa de mortalidade infantil.

De acordo com o responsável, a introdução da vigilância genómica já trouxe resultados animadores, como a garantia de que o medicamento usado até agora para tratar a malária em Moçambique ainda é eficaz. “Com este trabalho, o Ministério da Saúde não precisa de se preocupar em mudar de política, como aconteceu no passado e ainda acontece em alguns países africanos”, disse, acrescentando que, em 2023, o CISM atraiu projectos muito inovadores para testar novas vacinas contra a tuberculose.