O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) relata que apesar da diminuição de ataques de grupos armados não-estatais em Moçambique, a violência persiste em Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia.

Segundo noticiou este domingo, 7 de Janeiro, o portal de notícias O Progresso, os relatos incluem sequestros no distrito de Muidumbe, assassinato de civis em Macomia e incêndio de casas em Mocímboa da Praia, onde foram registados roubos de alimentos.

O site revela que o medo nestas regiões persiste devido aos movimentos dos agentes de grupos armados não estatais. O OCHA indica que, no início de Novembro, 801 pessoas abandonaram as suas origens devido ao ataque de 11 de Novembro, em Chitoio e Litandacua, em Macomia, e as aldeias de Mandela e Mapate, em Muidumbe.

Numa nota divulgada, o Escritório cita que, nalguns casos, os malfeitores prosseguiram com uma abordagem não violenta com as comunidades, uma estratégia aplicada com vista a conquistar os corações e as mentes das populações. Espera-se que esta tendência continue em 2024, tornando o acesso à população afectada mais difícil.

O Grupo de Trabalho sobre Acesso Humanitário lançará, no início de 2024, orientações aos parceiros humanitários sobre a construção da aceitação comunitária em Cabo Delgado. A escolta continua a ser um requisito para o acesso rodoviário de Macomia-sede à localidade de Awasse.

A exigência de escolta na Estrada Nacional Número 380 aplica-se a todos os movimentos, incluindo comerciais e humanitários. O OCHA continua a envolver as autoridades para utilização alternativa às escoltas armadas por parceiros humanitários.