O secretário permanente do Ministério da Indústria e Comércio, Jorge Jairoce, disse esta sexta-feira, 15 de Dezembro, durante o balanço anual da implementação do Programa Nacional de Fortificação de Alimentos, que o sucesso deste depende do comprometimento de todos envolvidos.

Para o representante do sector das indústrias, Orlando da Conceição, citado pela Rádio Moçambique, o desafio é mobilizar recursos para aumentar a procura de alimentos fortificados, visando encorajar o sector que produz e as indústrias a apostarem no negócio.

O responsável disse ainda que o contrabando da farinha de milho e a revisão do regulamento de fortificação de alimentos constituem desafios a enfrentar. “A maior parte do milho que está a circular no mercado formal provém de contrabando, o que significa que esta farinha não está conforme as normas de fortificação, além de retirar rendimento aos nossos agricultores. Estes perdem a oportunidade de colocar a sua farinha de milho no circuito comercial e, desta forma, obterem um rendimento adicional”, esclareceu.

Orlando da Conceição acrescentou ainda que o sal que circula no mercado nacional é também duvidoso. “Os agentes de fiscalização têm a dificuldade de não disporem de kits de fiscalização rápida”, denunciou. O Ministério da Indústria e Comércio conhece os problemas e aponta a avaliação de conformidade de produtos importados como solução.

De acordo com o Governo, 37% das crianças abaixo dos 5 anos sofrem de desnutrição no país.

A gestora de Nutrição da UNICEF, Doroth Foote, destacou a importância da implementação de fortificação de alimentos em Moçambique, pois a desnutrição crónica continua a ser uma realidade no País.

O Programa Nacional de Fortificação de Alimentos foi implementado em Moçambique, pela primeira vez, em 2013.