A ministra da Terra e Ambiente (MTA), Ivete Maibaze, garantiu que o Governo, juntamente com os 11 signatários da Declaração de Maputo sobre a Floresta de Miombo e outros parceiros, já mobilizou cerca de 9,4 mil milhões de meticais dos mais de 31,6 mil milhões de meticais (153 milhões dos mais de 500 milhões de dólares) propostos pelo País para a criação de um fundo para financiar iniciativas de gestão sustentável da Floresta do Miombo, o maior ecossistema de florestas tropicais secas do mundo.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique, a responsável falava durante a abertura do quinto Conselho Coordenador do MTA, a semana passada, subordinado ao tema “Por Uma Gestão Sustentável e Integrada da Floresta do Miombo”.
A iniciativa foi lançada em Agosto de 2022 pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, através da Declaração de Maputo, e adoptada por 11 países, dos quais dez da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeadamente Moçambique, Angola, Botsuana, Maláui, República Democrática do Congo, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.
“Conseguimos, até agora, 9,4 mil milhões de meticais (153 milhões de dólares), sendo que a nossa meta são 31,6 mil milhões de meticais (500 milhões de dólares)”, detalhou a governante.
Segundo Ivete Maibaze, além da Conferência Internacional de Miombo, que decorreu em Abril passado em Washington DC, nos Estados Unidos da América, está para breve uma outra reunião naquele país para dar a conhecer quanto é que foi mobilizado para a iniciativa.
“Usámos a oportunidade da reunião de Washington para divulgar esta iniciativa e mobilizar recursos, e temos já em vista a preparação de uma nova conferência em Nova Iorque, na qual os nossos parceiros terão a oportunidade de nos comunicarem qual terá sido o valor mobilizado para apoiar esta iniciativa”, referiu a responsável, sublinhando que, “por conta disso, o Governo tem mobilizado também outros parceiros a nível nacional em cumprimento da agenda ambiental do nosso país”.
A Floresta de Miombo cobre cerca de dois milhões de quilómetros quadrados na África Austral e fornece inúmeros bens e serviços que garantem a subsistência de mais de 300 milhões de habitantes.